Veja como andam as novas Hilux e SW4
Modelos trazem alterações visuais e mecânicas;

Em linha com a disciplina oriental, a Toyota segue coerente e não cobra a mais apenas pela renovação visual da Hilux, que traz grade dianteira e lentes dos faróis redesenhadas e novo pára-choque: a opção mais luxuosa ganhou comandos do rádio e do computador de bordo (também inédito) no volante, painel de instrumentos do tipo Optiron (o mesmo do Corolla), ar-condicionado digital e bancos de couro, entre outros. A intermediária SR traz agora pormenores como console com porta-óculos e alargador de pára-lamas, além da estréia do bom motor 2.7 l 16V com tecnologia VVT-i. Em comum para todas as versões com cabine dupla, novas rodas e acerto de suspensão traseira.
Em Pilar, na Argentina, o Carro Online pôde percorrer apenas 11 km com cada versão, trajeto obviamente curto para uma avaliação mais contundente, mas suficiente ao menos para conhecer a opção a gasolina, que estréia em 7 de novembro nas concessionárias junto aos outros modelos. Só gasolina? Por enquanto, sim. “Embora ainda não seja flex, nossa picape tem garantia de 3 anos e excelente desempenho”, disse Frank Gundlach, gerente-geral de marketing da montadora. Ou seja, a tecnologia bicombustível é questão de tempo.
Ao volante, a Hilux 2.7 VVT-i – nome escolhido para a novidade – agrada bastante. A primeira girada na chave com a porta ainda aberta assusta, já que o barulho alto do bloco de 2694 cm3 lembra até a versão diesel, mas o isolamento acústico trabalha bem com vidros fechados e ar-condicionado ligado. Os 158 cv de potência a 5 200 rpm e os 24,5 kgfm de torque a 3 800 rpm não fazem a vida de quem está acostumado com motores a diesel tão dura na cidade, embora o motorista deva sentir certa falta de torque em circuito off-road – como dissemos, a avaliação foi curta para tirar essa prova.
Câmbio, só manual de 5 marchas. Não chega a ser duro como o da irmã mais cara, mas também não passa perto da suavidade de um Corolla. Da versão anterior do sedã, aliás, a picape leva itens como o volante e o rádio em todas as opções, criando um ambiente de carro de passeio por dentro. Em relação à luxuosa SRV diesel, a SR a gasolina também tem cabine mais simples.
Só que tudo faz sentido na hora de assinar o cheque de R$ 79 600 pelo lançamento. São nada menos que R$ 39 200 de diferença para a equivalente a diesel, que traz a mais tração 4x4, bancos de couro, computador de bordo e apliques imitando madeira, entre outros. Certamente esse investimento vale para quem vive no campo, mas, para os “caubóis do asfalto”, a economia é muito bem-vinda. Mesmo assim, a Toyota é cautelosa ao estimar as vendas da nova versão: apenas 10% do mix. A julgar pelo sucesso que esses modelos fazem na cidade, porém, tudo indica que a participação da Hilux a gasolina será maior.

SW4 ganha identidade própria
A versão fechada (e mais luxuosa) da Hilux também mudou. E, diferentemente de antes, agora ela traz identidade própria: faróis, grade e pára-choques são diferentes da picape. A traseira também passou por leves modificações.
Mas o mais interessante está dentro do SUV. A estréia da terceira fileira de bancos agora permite levar sete passageiros com um conforto razoável para os dois que ficam lá atrás. Ao contrário de algumas minivans, que tornam a viagem de adultos desconfortável se eles estiverem na “turma do fundão”, a SW4 abriga numa boa os mais crescidos, mas, como é característica nesse tipo de solução, torna o acesso difícil.
Os passageiros também podem desfrutar de saídas de ar-condicionado na segunda e terceira fileiras. Os itens de conforto agregados à Hilux SRV também chegam ao SUV. O preço, porém, não foi divulgado, o que deverá ocorrer apenas no Salão do Automóvel. A versão anterior custava R$ 154 100.
Diesel ainda é a estrela
Por mais que o custo/benefício da nova 2.7 VVT-i seja atraente, as estrelas da linha Hilux ainda são as versões movidas a diesel, sobretudo as luxuosas SRV. Com preço a partir de R$ 107 600 (4x2 manual), a série ainda traz a 4x4 manual (R$ 118 800) e a top 4x4 automática (R$ 125 600).
Suave de dirigir, a picape, no curto test-drive, deu a impressão de pular um pouco menos graças ao novo acerto da suspensão. As demais características da Hilux, como interior agradável e bem-acabado e projeto moderno diante das concorrentes (ela foi lançada em 2005), permanecem por lá e se unem num conjunto que torna o modelo da Toyota superior ao das rivais. Agora mais do que nunca, como diria um famoso apresentador.
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CONFIRA A FICHA TÉCNICA DOS MODELOS
2.7 VVT-i | SRV 4x4 diesel | SW4 | |
Motor | 4 cilindros em linha, 16 válvulas | 4 cilindros em linha, 16 válvulas | 4 cilindros em linha, 16 válvulas |
Cilindrada | 2 694 cc | 2 982 cc | 2 982 cc |
Potência | 158 cv a 5 200 rpm | 163 cv a 3 400 rpm | 163 cv a 3 400 rpm |
Torque | 24,5 kgfm a 3 800 rpm | 35,0 kgfm a 1 400 rpm | 35,0 kgfm a 1 400 rpm |
Transmissão | manual, 5 marchas | manual, 5 marchas, automática, 4 marchas | manual, 5 marchas, automática, 4 marchas |
Comprimento | 5,255 m | 5,255 m | 4,695 m |
Largura | 1,835 m | 1,835 m | 1,840 m |
Altura | 1,820 m | 1,820 m | 1,850 m |
Entreeixos | 3,085 m | 3,085 m | 2,750 m |
Peso | 1 705 | 1 910 (manual); 1 935 kg (automática) | 1 970 kg (manual); 1 985 kg (automática) |
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